Copyright 2015 © COTRIM, Dário Teixeira e ARRUDA, Wanderlino
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, por qualquer processo, sem a permissão expressa do autor.

CAPA
Montagem de José Rodrigues F. Júnior
Criação de Dário Teixeira Cotrim

REVISÃO
Júlia Maria Lima Cotrim
Wanderlino Arruda

DIGITAÇÃO
Dário Teixeira Cotrim

FOTOGRAFIAS
Arquivo dos autores


Cotrim, Dário Teixeira e Arruda, Wanderlino

C845e

Elogios das Letras - Dário Teixeira Cotrim e Wanderlino Arruda. [Projeto Gráfico de Dário Teixeira Cotrim e José Rodrigues F. Júnior] - Montes Claros - Minas Gerais - Editora Cotrim / Millennium. 2015.

Prefácios
82 p.

ISBN: 978-85-67049-24-3

1. Literatura Brasileira - Prefácios. I. Título

CDD B869.1



Editora Cotrim Ltda
Rua Euzébio Godinho, 304 - Bairro São José.
39400-356 - Montes Claros - MG
(38) 3221-5413 - editoracotrim@gmail.com


ÍNDICE

Prefácio – 7

A Casa Grande de Mãe-Veia (1985) – 9

Tempos de Montes Claros (1978) – 12

Doce Encanto (1990) – 15

Jornal de Domingo (1982) – 17

História Primitiva de Montes Claros (2003) – 20

O Dia em que Chiquinho Sumiu (1987) – 23

O Laço Húngaro (2008) – 26

Emoções: Poemas (2004) – 29

O Poeta das Evas (2010) – 32

Emociones (2005) – 34

Ensaios Históricos de Itacambira (2014) – 37

Poemas de Puro Amor (2011) – 43

Chico Pitomba e Mané Juca (2014) – 46

Construtores de Montes Claros (2011) – 51

Código de Postura da Câmara Municipal de Montes Claros
de Formigas / 1858 (2012) – 54

Prefácios e Comentários (2014) – 58

Crônicas Históricas de Montes Claros (2015) – 61

Feelings (2004) – 64

Memórias do Município de Virgem da Lapa (2015) – 66

Short Stories (2005) – 71

Cordel Animado (2013) – 74

 


PREFÁCIO

Prefacios - Los griegos los hacían simples y cortos, a juzgar por ejemplo los que de Heródoto y Tucídides han llegado a nuestros días. Los latinos por su parte, tempranamente redactaban prefacios que en realidad podían luego adaptarse casi a cualquier obra. Los primeros capítulos de la Conjura de Catalina[1] y de la Guerra de Jugurta[2] por Salustio, son ejemplos de este género. Y tal pareciera que Cicerón también siguió esta misma idea.

Prefácio, em literatura, foi sempre uma denominação dada a um texto introdutório de um livro, onde o prefaciante descreve de forma sucinta o objetivo da obra, a sua estrutura e o seu conteúdo, bem como discorre sobre o autor. O prefaciante é sempre uma pessoa conhecedora da temática da obra e do seu idealizador, normalmente um amigo ou pessoa que conta muito em consideração.

Segundo o Wikipedia, “El prefacio generalmente es corto cuando el mismo se orienta y se centra a ser una advertencia, y usualmente es largo cuando también incluye prolegómenos, motivaciones profundas o casuales, antecedentes, etc.” Daí, um excelente motivo para o escritor e historiador Dário Teixeira Cotrim e eu for matarmos este livro, todo ele composto de prefacios e comentarios sobre registros de experiências nossas na Literatura ou na História.

Como a amizade não se busca, não se sonha e não se deseja, mas se exerce como uma virtude, Dário Cotrim e eu sempre estivemos juntos e inseparáveis no trato das pesquisas, das experiências pessoais e profissionais em muitos situações: no Banco do Brasil, no Rotary, nas academias de letras e de hidroginástica, nos Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros. São comuns entre nós o gosto pela pintura, pelas coleções de coisas e ideias, pelas viagens, pelo conhecimento e reconhecimento de tudo quanto é instituição de cultura. A nossa convivência praticamente diária é uma prova de que a gente não faz amigos, mas sempre os reconhece. Acredito até que é o desenvolvimento em cada um das melhores qualidades do outro. Como disse o filósofo Sócrates, amigo de verdade não é aquele que diz “vá em frente”, mas sim aquele que diz “vamos juntos”.

Este pequeno livro ELOGIO DAS LETRAS foi, em verdade, intuído e organizado por Dário Cotrim, uma forma de registro do nosso convívio acadêmico com a prosa-poesia e principalmente com a aplicação das lembranças em ensaios para a história de Montes
Claros e das regiões norte-mineira e sul-baiana. É uma forma de fixar nosso trabalho em favor da cultura, exercido diuturnamente, mesmo não sendo reconhecido por alguns críticos que julgam poderíamos fazer muito mais. Bons ouvintes ou surdos aos comentários, continuaremos na luta, agora e sempre, enquanto o Criador nos mantiver do lado de cá.

Melhor para nós!

Montes Claros, páscoa de 2015

Wanderlino Arruda.



FICHA TÉCNICA

TÍTULO:
A casa grande de Mãe-Veia
AUTOR:
Dário Teixeira Cotrim
GÊNERO:
Poesia
EDITORA:
Polígono
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 1985
ISBN: Não tem

De quando o homem se viu colocado na primeira manifestação literária, mesmo antes do texto escrito, a melhor forma de arte que encontrou foi a fala poética. Inicialmente, pelo menos em Português, o verso paralelístico, a cantiga de amor, a cantiga de amigo, a cantiga de maldizer. Poesia para ser cantada, repetida de memória em portas de hospedarias, nas tabernas,à beira das estradas ou nos palácios reais, o poema de amor à gente ou à terra, sempre com laivos de emoção e sonoridade que só o verso pode ter. Assim, o poeta, homem, ou mulher, jovem ou velho apaixonado pelo musical da língua, nunca pôde fugir do bom e do gostoso da arte de poetar. E como Deus fez o mundo com luz, o versejar fez o idioma com versos.

E a poesia foi feita...

É por isso que Dário Teixeira Cotrim, falante do mesmo idioma de El-Rei Dom Dinis, de Paio Soares de Taverós, de Camões, de Bilac, de Fernando Pessoa ou de Cândido Canela, também há de cometer os seus versos, cantando a velha Bahia, sentindo no peito a necessidade de extravasar-se na paixão do menino e no namoro do adolescente. Vive a natureza pura, adoece de saudade com os mesmos sintomas de todos os poetas, sofre e canta o sofrimento. É a tradição dos que amam acima da linha de nível do amor comum. Dário Teixeira Cotrim ama a terra, ama o povo e se embeiça pelo amor do próprio sangue, da própria raça interiorana de baianos de fé e de coragem.

Faz muito bem o poeta em poetar a sua poesia. Modesto diz que não quer fama, não espera vender o exemplar na livraria, não pensa em edições milionárias e de luxo. Dário Teixeira Cotrim quer a sua poesia na boca e no coração do seu povo, dos seus amigos e colegas de Banco, mas, sobretudo na boca do povo baiano de Ceraíma, que teve afelicidade de nascer ali perto da casa grande de Mãe Veia. Se esses baianos lerem o seu livro, senti-lo e com ele se emocionar, tudo bem, o esforço foi pago, o poeta viverá feliz. E mais vale a felicidade do poeta e da gente do sangue do poeta que o dinheiro de todos os ricos. Viva o amor!

E eu, como amigo e companheiro de lutas, também me sentirei gratificado. E muito!





FICHA TÉCNICA

TÍTULO:
Tempos de Montes Claros
AUTOR:
Wanderlino Arruda
GÊNERO:
Crônica e Poesia
EDITORA:
Editora Lemi S/A
CIDADE:
Belo Horizonte – Minas Gerais
DATA: 1978
ISBN: Não tem

É sempre muito gratificante quando se fala dos escritos de Wanderlino Arruda, corroborando com as suas ideias no âmbito literário. Primeiro porque a sua verve poética e a sua eloquência sempre são admiradas por aqueles que o acompanham nas reuniões e nos saraus acadêmicos. E, depois, pela sua criatividade literária, nas construções dos prolegômenos em louvor a terra amada de Montes Claros e a sua gente montes-clarense. Por essa razão estamos concluindo, com alegria, a leitura de “Tempos de Montes Claros”: um livro que traz crônicas sobre figuras ilustres e fatos relevantes da história da cidade e região. Aliás, não é este o seu único livro publicado. Sobre o mesmo tema ele ainda escreveu “Construtores de Montes Claros”.

Para tudo o autor encontra, na douta língua do Lácio, a expressão adequada e pitoresca para fazer os seus elogios sobre o trabalhoe a vida pregressa dos construtores de nossa terra. Quem lê as suas crônicas se inteira de seus labores nos diversos períodos de sua vida. Não tem senão que admirar-se da perfeição de sua obra, uma oportunidade única para que o leitor possa, também, conhecer o escritorpoeta como ser humano comum e mortal. É que neste livro ele usa intercalar entre as suas crônicas, vários poemas de sua verve inspiradora, o que dá uma leveza maior na leitura dos textos.

Uma coisa é certa: ninguém como Wanderlino Arruda
manifestou em toda sua vida tanto amor por Montes Claros. Nota-se, realmente, que o sentimento juca-pratismo faz morada, definitiva, no seu coração. Portanto, leia-se com atenção o poema “Montes Claros”, em sua esplêndida veste portuguesa. É lição de patriotismo. É lição de bem-querer tanto a terra como a sua gente simples e humilde. Prefaciando a obra disse-nos Maria Ribeiro Pires que “Wanderlino é o chegante, o novo elemento da constelação de valores que a cidade amorosamente recebe como mãe que ansiosamente espera o filho. Será que a tônica do amor é que faz vibrar as cordas do coração, que levaram o autor de Tempos de Montes Claros a escrever as páginas que vão ficar na história de nossa terra?”. Se outro motivo não houvesse para sustentar essa nossa afirmativa, basta que o leitor atente para a vasta biografia do autor e verificar ali o verdadeiro exemplo de amor às causas de Montes Claros que ele, gentilmente, nos oferece.

“Tempos de Montes Claros” é um belíssimo livro. Então, o primeiro ponto a ser observado diz respeito à importância dos homenageados para a cidade e região. Assunto explorado com exaustão em todas as suas obras. O segundo ponto é o elogio em cada tempo determinado, pois não se trata aqui de meras bajulações, gratuitas e vazias. O esmero maior do autor com as palavras reforça ainda mais esse cariz habitual de respeitabilidade e responsabilidade no trato
com as pessoas e as suas obras.

O autor Wanderlino Arruda é mineiro de São João do Paraíso. Veio para Montes Claros quando ainda era muito jovem e aqui reside com a família. É membro efetivo da Academia Montesclarense de Letras e sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros e de outras entidades afins. Tem vários livros publicados. Entretanto a sua verdadeira paixão é com o Rotary International. “Tempos de Montes Claros” foi o seu primeiro trabalho literário publicado. Parabéns, mestre Wanderlino Arruda!



FICHA TÉCNICATÍTULO:
O Poeta das Evas
AUTOR:
Dário Teixeira Cotrim
GÊNERO:
Biografia
EDITORA:
Cotrim/Millennium
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2010
ISBN: Não tem

Muito importante o registro em livro que Dário Teixeira Cotrim vem apresentar sobre o poeta José Prudêncio de Macedo, não só de traços biográficos do nosso inesquecível companheiro e ex-presidente da Academia Montesclarense de Letras como de parte substancial de sua obra poética, em forma de antologia. Importantíssima e oportuna lembrança, que enriquece grandemente a nossa literatura regional, uma vez que o poeta Macedo, embora universalista nos seus conceitos, soube criar mais do que ninguém a marca do amor romântico e a desenvoltura da inteligência do sertanejo, seja nos sentimentos quase angélicos, seja nos exercícios da malícia gostosa e engraçada.

Conheci muito de perto o notável José Prudêncio de Macedo, por muitos anos, com ele convivendo no trabalho, com ele pensando e repensando a nossa cultura, com ele aproveitando horas de lazer na Academia de Montes Claros e no Elos Clube. Bebi muito dos seus conhecimentos, incorporei muito da sua capacidade humanística, reverenciei-me sempre diante do seu caráter de perfeito cidadão, afeito ao interesse público. Conviver com ele foi para mim uma importantíssima escola, uma dádiva dos céus.

Julgo-me credenciado para dizer que o livro de Dário Teixeira Cotrim, “O Poeta das Evas”, além de bem escrito, ao mesmo tempo soa serenidade e humor – soube aproveitar um entrelaçamento leve e personalíssimo entre o homem e a poesia. O ritmo, o ser e o estar do Dr. Macedo, a cadência do amor e do viver, seu jeito brejeiro de poetar e se dirigir às pessoas, tudo agradará em cheio e muito poderá gratificar espiritualmente o leitor.

Digo mais: o livro de Dário Cotrim sobre o poeta Macedo pode ser a descoberta maravilhosa de novos caminhos para os escritores montes-clarenses, que será o estudo de outros autores nossos que estão por aí, no passado e no presente, à procura de biógrafos e críticos literários. Parabéns companheiro!



FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
Emociones
AUTOR:
Wanderlino Arruda
GÊNERO:
Crônica e Poesia
EDITORA:
Unimontes
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2005
ISBN: 85-87786-99-7

Uma análise sobre a obra literária “Emociones”, do mestre das letras, Dr. Wanderlino Arruda, pressupõe
uma série de entendimentos na sistematização da poesia e, evidentemente, nos princípios culturais de nossa terra. É assim porque os escritos do nosso confrade tendem a clarificar os pontos obscuros da nossa história antiga e, por outro lado, a valorizar a biografia e a bibliografia dos seus pares. Na verdade, Wanderlino Arruda é um verdadeiro conhecedor das coisas de nossa terra e de nossa gente. Em nenhum momento o leitor encontra um tipo de conduta com o objetivo somente de coscuvilhar, senão o de contribuir quer seja na Academia de Letras, quer seja no Instituto Histórico, com sugestões e prefácios a pedido de seus confrades.

O livro “Emociones” veio mesclado de prosa e verso. As prosas com o poder da informação e os versos com o fascínio da saudade. Saudade de um tempo perlustrado sempre que o texto assim o requer. Entretanto, constitui quase um truísmo afirmar que a poesia de Wanderlino Arruda é a mais bela, é a mais romântica e é a mais admirada pela juventude montes-clarense. Nota-se que em nada prejudicou a tradução de Rigoberto Guillerme Espinosa Pichs, de sua obra poética. Pelo contrário, o seu livro “Emociones” tornou-se o mais procurado pelos cultores da poesia montes-clarense.

Pois bem, via-de-regra o leitor atentará com mais esmero nas palavras traduzidas para o espanhol, por Espinosa. Todavia, nem todo vocabulário à disposição do tradutor é composto de palavras-ícones. Mas, resta saber que a obra tornou-se muito mais admirada e muito mais disputada entre os apaixonados pela literatura moderna. A propósito, o modernismo-moderado, que é outro ponto positivo nas construções literárias do autor, tornou-se a sua prosódia muito mais adocicada. Na verdade, talento não lhe falta e a criatividade está em cada verso que forma a sua poesia. De qualquer modo, está ausente o metaforismo exacerbado, pois não há palavras-chave, ou catalisadoras para designar objetos e pessoas. Por essa razão a poesia
de Wanderlino Arruda é cristalina e sedutora.

As crônicas contam histórias passadas. Era assim que fazia o saudoso João Valle Maurício. São palavras que têm o poder de trazerà memória as mais sublimes lembranças de um tempo distante. Já os poemas, esses cortejam – de tirar o chapéu – as mulheres balzaquanas e as meninas-moças pela beleza dos seus versos. Plagiando Euclides da Cunha, podemos dizer que o poeta é antes de tudo um homem apaixonado!

O poeta Wanderlino Arruda é membro da Academia Montesclarense de Letras, dos Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros. Tem publicado os seguintes livros: Em inglês “Feelings” e “Short Stories”; em espanhol “Emociones” e na língua portuguesa “Tempos de Montes Claros”, “Jornal de Domingo”, “O dia em que Chiquinho sumiu”, “Emoções”, “Construtores de Montes Claros” e “Prefácios e Comentários”. “Al deleitamos com la lectura de estas Emociones se rompen lãs barreras poéticas, no sabemos donde hallamo más poesia: si em lo que genéricamente es considerado poesia e em los textos em prosa desde donde emerge um universo poético capaz de desafiar la esencia y forma de los versos”. Parabéns, mestre!



FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
Ensaios Históricos de Itacambira
AUTOR:
Dário Teixeira Cotrim
GÊNERO:
Pesquisa histórica
EDITORA:
Cotrim/Millennium
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2014
ISBN: 978-85-67049-09-0

Como pintor, como fotógrafo, como poeta, olhos e ouvidos abertos para belezas do mundo, será que tenho uma maneira especial para descrever Itacambira? A quantas anda a minha sensibilidade histórica - sempre apaixonada pela mineiridade do Norte - para sentir de alma e coração, todos os encantos com que Itacambira vive? Quantas visitas
tenho de fazer, quantas idas e quantas vindas tenho que gastar para sorver tudo de belo que deve estar lá desde o tempo de criação, das tentativas, dos sonhos de ver contemplar esmeraldas? Como evocar os mesmos sentimentos que deve ter tido Fernão Dias ao contemplar o fulgir de luzes da Serra Resplandecente? Perguntas e mais perguntas, buscas infinitas de imponderáveis levezas, junção e colorido do que pôde ou não pôde a Natureza esculpir e detalhar cores...

Um dos clichês mais produzidos pelo cinema, em antigos filmes de faroeste, são as pequeninas cidades do interior, todas quase sempre vivendo mais paz do que guerra, uma espécie de santa inocência. Cachorro “quentando” sol, sino da igreja badalando amanheceres, fiéis caminhando para os cultos, meninos jogando bolas de pano e se lavando em repuxos, donos de vendas vendendo e tomando
notas. Ainda mais: cowboys jogando damas, velhas vitrolas tocando Oh Suzana, as portas dos bares num abre e fecha de nunca terminar. Que saudades de um passado bonito e gostoso tão e tão distante do pisca-piscar e dos barulhos da vida moderna! Comparando passado e presente, acredito que é por isso que Itacambira é um lugar que vale a pena, que o ir lá e apreciar tudo tem a maior razão para quem gosta da vida e do viver. Itacambira é o retrato do passado com moldura do presente: linda, charmosa, colorida, quase inocente. Um paraíso para quem sabe ouvir e imaginar, ver e sentir.

De uma coisa eu sei: lá em Itacambira, Gabriel Garcia Marquez jamais conseguiria escrever Cem Anos de Solidão. Do alto dos mais de mil metros acima do nível do mar, não há restrições de vistas e de pensamentos. É como se fosse o topo do mundo, lá fora e lá longe toda a beleza de existências, todos os azuis das serras e dos morros de Velho e Novo Testamentos. Itacambira tem figuras interessantíssimas de pedras, tudo desenhado para uma destinação histórica, sem gênese nem apocalipse. É tudo ou muito mais de um proporcionar de fantástica experiência no cotidiano e no sempre.
Falar de Itacambira - só Deus sabe - é um modo de saborear frases e dedos de prosa, repicar vivências mais que verossímeis, longe e perto do quase normal, do incrível e do mágico. Mil e um, dois e três mil, muitos momentos de amor!

Se fosse eu em vez de Dário Cotrim, o autor da história e das estórias de Itacambira - quem sabe muito mais poeta que historiador- escreveria tudo diferente, tendo e vivendo sonhos personalíssimos para explicar o mundo de encantos. Por meio de imagens, maior parte delas mais do que poéticas, tentaria encontrar uma perfeição interiorana ainda maior do que a natureza é capaz de criar ou construir. Meu trabalho seria produzir frases, desenhar ideias, sonhar todos os sonhos possíveis e impossíveis para dar aos leitores a sensação de estar colorindo pinturas com as cores do próprio tempo. Cotrim - que já alcança situações de maestria da história - ao contrário, é outro tipo de pesquisador. Seriamente em cima de documentos, é o escrivão competente de escrituras do fielmente acontecido. Ele não tem compromissos com o dia-a-dia político, com as vaidades dos que governam ou formam opiniões. Escreve dentro do real, marcado sempre pelo acontecido, sem ferir e sem apresentar tintas do que não existiu ou não existirá. Sempre real, sempre justo com os textos que vieram antes dele, observa grafias, realça destaques. Seus mapas são desenhados por viajantes ávidos das novidades e das belezas do sertão mineiro e norte-mineiro. Muitos dos seus textos têm a fé de ofício de amigos nossos da escrita montes-clarense, entre eles os escritores Artur Jardim de Castro Gomes, Simeão Ribeiro Pires, João Valle Maurício e o jornalista Fernando Zuba. Diferente de Cotrim, eu não, tentaria muito mais do que a verdade, talvez até mais do que muito...

Da sala de jantar de Nana e José Edson, ela pintora, professora, poeta do bordar e cozinhar, ele ex-prefeito da cidade, enquanto Dário Cotrim e eles conversam, levanto-me e saio de câmera em punho, para captar todo um mundo de belezas, frente a frente com a Serra Resplandecente. Não falo nem explico nada, isolo-me e só vejo a montanha verde, que está, ou continua numa beleza de eternidade. Bato uma, bato duas, bato vinte ou trinta fotos, um clicar de doce emoção. Coisa boa é câmera não ter mais filmes e você ficar à vontade para bater todas as fotografias do mundo. Ainda do lado de dentro, como se fosse um alpendre, mudo muitas vezes de posição e decido sobre as imagens que quero ter no agora e no depois. Ganhando o espaço externo, desço um, desço dois, desço todos os degraus, até encontrar a maior visão da superfície de verde e de brilhos. Quase não dá para economizar cliques, porque tudo é bonito demais numa paisagem que os bandeirantes viram e que até hoje alumia a história. Nem posso imaginar como tem sido cada amanhecer e cada boquinha da noite para aquelas almas sedentas de beleza da imensidão
de Brasil, aliás, mais do que isso, da elegância e da majestade destas inesquecíveis paisagens mineiras.

Voltando da deliciosa visão que só um gosto de sonhos pode permitir, Nana, a dona da casa, mesa posta, descobre a toalha para nos oferecer, como que para marcar nossa visita, dois presentes de dar muita água na boca: em pratos porcelanados, eis o mais suave dos requeijões, cremoso, macio, desejável até para quem não tem fome, e uma quase transparente marmelada, exatamente do colorido daquelas que minha mãe fazia em São João do Paraíso, tão tecidamente fina que pode ser saboreada de garfo ou de colher. Acolhimento nota dez, a que o baiano mais mineiro que existe, Dário Teixeira Cotrim, e eu tivemos até que antecipar agradecimentos. Delícia das delícias. Requeijão e marmelada, casados ou não, formam uma parceria para a mais requintada sobremesa, coisa de agradar ao mais exigente dos deuses. Para nós, a visão e o sabor foram mais do que um iluminar de chuvinhas, busca-pés e rojões numa noite de São João!

Em Itacambira, bendição da mais fina flor mineiramente virgem, mágica de onde evolui a terra e começa o céu - a beleza é tricotada com requintes de amor tanto pelo vento como pelo sol, pela brisa e pela lua. Em termos de história é como se a vidinha interiorana nunca mudasse, bastando o sentimento de modéstia em cada nesga de tempo. Na praça, o coreto e o engenho, um bem pertinho do outro, quem sabe temerosos de jamais encontrar o futuro. Os dois, testemunhas de um passado não calculável em duração de séculos, conservam a preciosidade da madeira lavrada a demãos de enxó e em alisamentos de plainas. Cada foto representa doces liames a unir tantos que devem ter sido os tempos e os contratempos, beleza de filtros e peneiras de saudades. Tudo quase genuinamente bíblico. Com certeza o sempre lembrado Fernando Pessoa - vendo e contemplando - poderia até dizer que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

No geral um muito admirar, muito a ser levado em consideração. A paisagem rica de matizes, os horizontes de muita amplitude, a antiguidade do chegar e do sair dos bandeirantes, o cuidado de
Fernão Dias em organizar a posse e a segurança das terras, deixando homens e mulheres em situação família. Admirável a abertura de estradas, a fundação dos garimpos, os princípios religiosos que até hoje sacralizam as convivências. Roceiros, lavradores, criadores de gado, faiscadores de ouro, garimpeiros do verde-azul de preciosas pedras, - toda uma gama de trabalho honesto - representaram o progresso inicial e o apetite de beleza do sempre. Para um conhecimento mais preciso, importante ler e analisar o texto do bispo D. João Antônio Pimenta, que viveu por lá o bom tempo de um ano, e a carta de encômios magnificamente escrita pelo Monsenhor José Ozanan, nos idos de 1980. Poucas vezes, pude ver e sentir uma religiosidade tão pura como a vivida até hoje em Itacambira. Pergunte isso a Jorge Ponciano e ao padre Jorge Luís Hugrey.

Tecendo este prefácio para o livro de Dário Cotrim, acredito com a mais justa modéstia de quem trata a situação com um carinho quase santificante e um entusiasmo que só pode sentir alguém
gerado e nascido no interior de Minas, esta Minas Gerais, território e nação que nunca faltaram à brasilidade de tudo que há de melhor no mundo. Cada palavra - sentida e trabalhada - é, espero, uma contemplação, uma viagem literária, um fio de poesia pessoal e coletiva. Chego a acreditar que todos os meus leitores - também leitores do livro de Cotrim - estarão convictos de que, estando ou vivendo em Itacambira, poderemos sempre vivenciar um deslumbrar de sonhos,
um alvoroçar de sentimentos, um magnético agradecer a Deus a permissão para tanta grandeza e tanta majestade. Falando no sério ou no fantástico, posso afirmar que a felicidade não é propriamente uma estação à qual chegaremos, mas uma agradabilíssima forma de ser e viajar.

Mil vezes os mais sinceros agradecimentos, a você, historiador Dário Teixeira Cotrim, por permitir essa grandiosa visão do real, do humanamente sensível e da encantadoramente poética história
de Itacambira! Que este álbum histórico seja o mais legítimo documentário e fonte de pesquisas aqui e alhures, para alunos e para mestres de todos os graus e degraus do ensino, da escola primária até a universidade. Que as academias e institutos históricos vejam o seu trabalho como a mais legítima prestação de serviços ao Saber eà Cultura!

Deo gratias!



FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
Poemas do Puro Amor
AUTOR:
Wanderlino Arruda
GÊNERO:
Poemas virtuais
EDITORA:
E-books
CIDADE:
Montes Claros
DATA: 2011
ISBN: Não tem

Neste novo ano – 2014 – o poeta Wanderlino Arruda estará lançando os livros: Prefácios e Comentários e Poemas de Puro Amor. Dentre os diversos poemas selecionados podemos antecipar e citar alguns. Vejamos: “Felicidade”, “Adoro Tua Beleza”, “Morena-Flor”, “Teus Lindos Olhos”, “Brisa & Perfume” e “Teu Encanto”, todos que encantam pela qualidade literária com que eles são apresentados ao público.
Na verdade, o poeta sabe viver intensamente a arte de poetar, sem deixar de ser o seu trabalho um manancial de elegância e graça e da singeleza de conceber o que é bom.

Por isso mesmo os poemas de Wanderlino Arruda são maduros e bem elaborados e que traduzem mensagens de otimismo e de fé, haja vista a experiência literária do autor no livro Poemas de Puro Amor. É verdade que o seu trabalho literário sempre vem atrelado na eloquência de um bom orador com a atormentada sensualidade das palavras no balanço de sua imaginação. Ele sabe como ninguém expressar, corretamente, e na hora certa, a sua poesia com gosto da sonoridade na plena florescência de sua mocidade.

Vejamos uma pequena demonstração em Morena-flor: “Linda morena,/ que encanto/ é você!/ Alegre,/ felina,/ dengosa,/ você é mais,/ muito mais/ que uma rosa/ num belo jardim./ Você é luz/ que traduz/
felicidade pra mim!/ Oh! que beleza,/ que encanto/ é você!”

Como é de se ver e sentir, os seus poemas possuem a inspiração romântica bem ao estilo amoroso dos poetas Alberto de Oliveira e Teófilo Dias, lembrando-nos, com aticismo, a fase dos nossos parnasianos brasileiros. Por outro lado, nunca se conheceu poemas de cunho social, com a tendência para o romantismo gradual. Falar de amor, os poemas de Wanderlino Arruda falam, e falam a todo o momento. Falar de uma paixão amorosa, também eles falam, pois é um tema constante de sua criação e que é apreciado por todos nós. Não há espaço para outras formas poéticas senão o do amor.

Wanderlino Arruda é sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros onde vem desenvolvendo um trabalho de resgate histórico da cidade e da região através das Revistas da instituição. Além do IHGMC ele participa da Academia Montesclarense de Letras e de muitas outras entidades literárias. Com vários livros publicados, ainda colabora com todos os jornais de Montes Claros, onde suas crônicas são apreciadas pelos muitos leitores. Tem livros traduzidos para o inglês e para o espanhol, portanto é um escritor de vários idiomas.

A publicação dos poemas do ilustre acadêmico Wanderlino Arruda, no livro Poemas de Puro Amor, do Projeto Virtual, é um presente da literatura montes-clarense para todos os seus leitores. E assim é porque os seus poemas surgem em meio de uma ansiedade poética de pureza e doçura, da sua lhaneza, como os mais completos e os mais indicados para todas as datas festivas. Pois são poemas que falam de fé, de amor e da compreensão com a espontaneidade que a própria compreensão assim exige. Nota-se que existem almas nos versos que compõem os seus poemas e, nas palavras de seus versos, os que navegam na voluptuosidade do tempo como quem procura o lado epicurista da vida. Parabéns, Wanderlino, sucesso sempre!



FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
Chico Pitomba & Mané Juca
AUTOR:
Dário Teixeira Cotrim
GÊNERO:
Documentário
EDITORA:
Cotrim/Millennium
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2014
ISBN: 978-85-67049-14-4

Por ter chegado a Montes Claros em 1951, não tive a felicidade de ouvir e acompanhar o programa sertanejo dos notáveis Chico Pitomba e Mané Juca na ZYD-7, Rádio Sociedade Norte de Minas. Mas falar dos dois radialistas foi o que mais ouvi quando – com Luiz Gonzaga de Oliveira e Cerdônio Quadros - assumimos a programação da D-7 em 1955, tempo de Diretório dos Estudantes de Montes Claros. Para quem não viveu naquela época, é bom dizer que a Rádio ficava no edifício Maria Souto, Rua Quinze, ao lado da Gazeta do Norte e da Imperial, em frente às Casas Ramos e José Alves, quando quase tudo de notícias e de cultura saía dali.

Agora, o escritor e historiador Dário Teixeira Cotrim passa para o relato impresso muito ou quase tudo de informação e de textos de Chico Pitomba e Mané Juca – Cândido Canela e Antônio Rodrigues – um registro definitivo de um bonito e saudoso tempo da gostosa cidade dos Montes Claros, idos de 1945, quando os programas radiofônicos atraíam muita gente e lotavam os auditórios. Ouvidos em todos os recantos do sertão norte-mineiro, eles representavam o que havia de melhor na música e na originalidade dos causos que eram contados, quase sempre tendo que repetir alguma coisa em vista dos pedidos dos muitos ouvintes, que gostavam mais deles do que de Jararaca e Ratinho, das rádios do Rio de Janeiro. Cândido Canela e Antônio Rodrigues – ou melhor, Chico Pitomba e Mané Juca – eram mais autênticos, mais legítimos na representação sertaneja, até superando os mais importantes e atuais programas de TV. Nas fazendas onde existiam aparelhos de rádio, o que era raro, no dia e hora do programa de Chico Pitomba e Mané Juca, patrões e agregados se juntavam na sala da casa grande para o programa, hora também de café, biscoitos, broas e pães de ló, que completavam a festa.

Dário Teixeira Cotrim, com este livro, grava um notável serviço à história de Montes Claros, resgatando valores de um passado até distante, pois da primeira metade do século passado, quando a cidade vivia poeira e escuridão, só com duas ruas calçadas e com luz de um motor que parava de funcionar antes das onze da noite. Em 1945, a cidade tinha apenas quatro escolas secundárias – o Colégio Imaculada, o Colégio Diocesano, a Escola Normal e o Instituto Norte Mineiro de Educação. A Gazeta do Norte era o único jornal, com duas edições por semana. Os sons da pacata Montes Claros vinham da fanfarra de Leonel Beirão e dos muitos alto-falantes dos bares, botecos e lojas de tecidos. Assim, um bom programa de rádio tinha realmente que marcar época, sendo, agora, seu registro através de livro um momento tão importante como daquele período de nova cultura.

Dos dois radialistas, conheci somente Cândido Canela, poeta, humorista e proseador mais do que sensível, amado e admirado, acredito por todo o mundo. Grande poeta, de nome nacional, pois vencedor de concursos em outros estados, mesmo à revelia, sem ser candidato. Homem de sensibilidade, coração à flor da pele, todo o tempo voltado às atividades intelectuais, coisas de muito espírito. Cândido, mais do que montes-clarense, foi um sertanejo autêntico, amado-amante de tudo que era do povo simples e verdadeiro. Conheceu as minúcias do falar e do viver da gente norte-mineira, sua poesia, suas manias, tudo! Nada havia de oculto para ele. Era um desnudador de consciências, seja através da observação pessoal, seja por meio do diálogo franco, pois sabia aproveitar cada minuto da vida, principalmente no que se referia à natureza, sua sempre maior paixão. Leitor vidrado de Catulo da Paixão Cearense, chegava a ser melhor do que o poeta nordestino.

Segundo o meu colega, jornalista José Prates, foi nessa mistura de dor e de poesia que Chico Pitomba e Mané Juca ofereceram ao Norte de Minas, através de seus versos e humorismo, a sabedoria popular e a beleza inocente do sertanejo. “A sua poesia nos faz renascer, voltando ao passado, ouvindo o cantar das modas por moças sentadas em roda, quebrando o silêncio da noite, na rua iluminada pela lua cheia que navega no céu sem nuvens. Da lembrança brota a saudade despertando a vontade de voltar no tempo. A poesia na linguagem caipira expressa a singeleza, a ingenuidade e o sentimento puro do povo simples do campo. Candido Canela soube criar e manter dentro de si a poesia que encanta, para soltá-la na sua voz de “caboclo” no grande palco da eternidade”. Um legado realmente precioso.

Acompanhei Cândido desde o início da década de cinquenta, quando como repórter d’O Jornal de Montes Claros, eu fazia a cobertura das reuniões da Câmara Municipal, ainda no prédio da antiga Prefeitura, na Praça Doutor Chaves, 32, onde está hoje o Centro Cultural Hermes de Paula. Sempre tive dele como homem público, político, poeta, escritor, leitor, a melhor das impressões. Admirei grandemente sua inteligência, sua capacidade de absorver o lado interessante de um gesto ou de uma expressão, ou mesmo os sentimentos da gente sertaneja. Era lírico, sagaz, irônico, irreverente, é às vezes, um santo, um puro de coração, e, em muitas vezes, um casuístico crítico das falsidades humanas. Uma situação nunca era encontrada em Cândido Canela: a neutralidade. Ele estava sempre contra ou a favor dos acontecimentos, das pessoas ou das coisas. Como eu disse nas comemorações do seu Centenário, no Centro Cultural, a única vez que ele ficou em dúvida de opinião, foi na retirada pelo prefeito Toninho Rebelo do antigo mercado municipal da Praça Doutor Carlos. Cândido era contra por saber importante a preservação do patrimônio histórico e era a favor por conhecer bem a precária situação do velho prédio, mais um repositório de imundícies e sujeiras. Em verdade, parece que Cândido nunca aprendeu as lições do silêncio, em tudo tendo de emitir sua opinião. Teve e soube ter seu lado da verdade. Cândido Canela, grande montes-clarense, foi membro das academias Montesclarense de Letras e Municipalista de Letras de Minas Gerais. Foi radialista, cronista, colaborador constante de vários jornais. É hoje patrono do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros. Mereceu e merece o bom nome que tem!

Como Dário Teixeira Cotrim relembra, tudo era alegria naquela noite de cinco de março, em que a grande atração era a ZYD7, quando os quinze mil habitantes da pequena cidade aguardavam a inauguração dos novos estúdios organizados por Jair Oliveira, o diretor proprietário da missora, que até então funcionava na Rua Governador Valadares, 223, antigo prédio do extinto Cine Renascença. Após a bênção pelo bispo Dom Aristides Porto, foram iniciadas as primeiras transmissões, que abalaram toda a cidade, e que durante muitos anos encantaram aquela população ávida de emoções. Além de Chico Pitomba e Mané Juca, importante é dizer que outros montes-clarenses se apresentaram como artistas: Maria Inês Mariello, Geraldo Prates, Neuza e Argentina Dias, Edith Leão, Sílvia dos Anjos, Marinha Prates, Zélia de Oliveira Miranda, Nivaldo Maciel, Wilson Maldonado, Edgar Camargos, Godofredo Guedes Oswaldo Lagoeiro, Augusto de Freitas, Sabu e Alda, Normanda e Fely Lucrécia. Eunice Fialho marcou época com sua voz maravilhosa, começando a sua carreira de cantora, mais tarde contratada pela Rádio Inconfidência, chegando a ser coroada Rainha do Rádio.

Parabéns, estimado amigo e colega Dário Teixeira Cotrim. Chico Pitomba, Mané Juca e todos os montes-clarenses do passado e do presente agradecem-lhe e louvam a sua iniciativa de publicar
este livro, magnífico em todos os sentidos, história e textos de três grandes artistas – Você e eles!

Montes Claros, quase Primavera de 2014.



FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
Construtores de Montes Claros
AUTOR:
Wanderlino Arruda
GÊNERO:
Crônicas
EDITORA:
Cotrim/Millennium
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2011
ISBN: Não tem

A iniciativa do mestre das letras, doutor Wanderlino Arruda, em escrever crônicas sobre as personalidades que construíram a nossa aldeia, por si só já representa uma tarefa das mais gratificantes. E será sempre assim por toda a sua existência, pois só quem ama o que faz é capaz de fazer bem feito, com desprendimento, amor e extremosa dedicação um trabalho textualista dessa magnitude. Escrever sobre os personagens ilustres de nossa terra, principalmente aqueles que já não estão mais entre nós, é um ato de carinho, de afeição e de elevada valorização à figura humana, haja vista que esses nobres montes-clarenses, incluindo aqui, evidentemente, o próprio autor desta
influente obra, deixaram um rastro luminoso de mimo à nossa querida cidade de Montes Claros, que
a todo instante vem despontandono cenário nacional como um aldeamento repleto de valores intelectuais.

Pois, sendo assim, podemos dizer que o livro do doutor Wanderlino Arruda, “Construtores de Montes Claros”, é um compêndio de crônicas alusivas a essas pessoas que participaram – e ainda participam
– do desenvolvimento cultural de Montes Claros. Escrito no melhor estilo de sua lavra poética, pleno de informações onde a invenção literária eleva a língua portuguesa até o limite máximo de sua criação. Por outro lado, o significativo fato de constar do seu trabalho - “Construtores de Montes Claros” - os mais belos elogios aos confrades de Academia Montesclarense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, isso evidencia o seu amoràs instituições que tanto preza e admira.

Por tudo isso, podemos dizer que o acadêmico Wanderlino Arruda, é o mais importante dos mais importantes construtores de Montes Claros, mostra com doce encantamento, aos seus brilhantes pares das plêiades acadêmicas, um trabalho sério, bonito, competente e totalmente necessário às novas gerações no conhecimento dos nossos valores intelectuais.

Nota-se que “o único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário” e Wanderlino Arruda, sabiamente entendeu as palavras do genial Albert Einstein, e trabalhou com afinco e determinação na construção da nossa comunidade. Aliás, este livro representa o que de melhor produziu a literatura montes-clarense nestes últimos tempos. Ele é uma obra de fundamental importância para o estudo da história de Montes Claros. Um livro que certamente estará em todas as estantes de bibliotecas públicas e particulares, bem assim de acadêmicos e estudiosos dos nossos costumes e das nossas tradições históricas. Por conseguinte, guardar esses nomes e preservá-los em livros para que a memória do nosso povo possa perpetuar-se no tempo e no espaço, é um dever de todos nós,membros do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros e da Academia de Letras.

Portanto, está de parabéns o colega e amigo Wanderlino Arruda pela sua relevante iniciativa em produzir e trazer para os seus amigos/leitores uma obra que demandou redobrados esforços em reunir num só volume os mais valiosos construtores da história de Montes Claros. Uma obra tão necessária e tão esperada por todos aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre a nossa terra e os seus insignes benfeitores.



FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
As Posturas da Câmara Municipal de
Montes Claros de Formigas - 1858
AUTORES:
Dário Teixeira Cotrim & Júlia Maria
Lima Cotrim
GÊNERO: Documentário
EDITORA: Cotrim/Millennium
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2011
ISBN: Não tem

Mato saudades com as muitas lembranças dos tempos de Câmara Municipal de Montes Claros nas cercanias de cinquenta anos atrás, melhor dizendo, de 1962 a 1970, quando nossa edilidade se reunia na Praça Doutor Chaves, primeiro no prédio da Prefeitura, hoje Centro Cultural, depois num sobrado
ao lado do Correio, em cima de uma loja de bicicletas. Lembro-me ainda mais quando passamos para a Avenida Coronel Prates, também prédio da Prefeitura, hoje supermercado do Bretas, ao lado da
mansão de Dona Fina e Hermes de Paula. Aí foi quase a maior parte dos meus bons tempos de mandato, quando o trabalho de vereador era de graça, colorido só pela vocação política, “serviços relevantes em prol da cidade e do município”.

O motivo do saudosismo vem da leitura atenta de um livro-pesquisa organizado por Dário e Júlia Cotrim, publicado em parceria com a Editora Millennium do meu amigo Pedrinho, com o longo título de “As Posturas da Câmara Municipal de Montes Claros de Formigas – 1858”, sessenta e quatro páginas bem documentadas, sob o patrocínio do Instituto Histórico e Geográfico e dedicado à memória do “saudoso mestre e confrade Simeão Ribeiro Pires”, nosso patrono. Quão belas foram as horas de leitura e releitura, de ida e de volta pelos textos, cada qual mais rico de detalhes e preciosas observações, principalmente quanto aos costumes vigentes numa cidadezinha mineira e interiorana há quase duzentos anos. Era uma sociedade voltada tanto à necessidade de trabalho pelo pão de cada dia, como em temperar a vidinha pacata com a vocação de ser feliz através da diversão e da cultura.

As páginas d’As Posturas da Câmara Municipal de Montes Claros de Formigas, registro dos mais antigos preceitos municipais escritos, obrigava os munícipes a cumprirem certos deveres de ordem pública apropriados para os costumes de 1858. Uma percepção na vida social, constituídas por condições mínimas e necessárias a uma conveniente vida social com segurança, salubridade e tranquilidade, tudo pautado num consenso para um convívio pacífico e harmônico, com estabilidade das instituições e observância dos direitos individuais e coletivos. Em resumo, como viver e conviver em paz
e com procedimentos voltados para o progresso daqueles tempos e do futuro.

O costume de fixar as normas de postura municipal surgiu a partir do império napoleônico, e em decorrência do crescimento das cidades. Postularam-se normas cada vez mais rígidas de procedimentos de conduta dos cidadãos, do uso dos bens urbanos, e a avançar sobre a regulamentação dos padrões de higiene e salubridade das vias públicas e das construções. Um minucioso elenco de normas, pautadas, principalmente, em proibições e restrições, desde a forma de se vestir, ao consumo disciplinado de determinados alimentos. A esse conjunto de normas, regras e imposições de penalidades aos infratores, deu-se o nome, em Portugal e, por conseguinte, no Brasil, de Código de Posturas, no qual inúmeros assuntos eram tratados, entre eles o controle de animais soltos, os vendedores de ruas, a licença de comerciar, o policiamento, o regulamento do trânsito e do tráfego, o horário de funcionamento do comércio, o controle de certas atividades profissionais - mascates, farmacêuticos e dentistas, por exemplo. Também de assuntos ligados à saúde, como a vacinação, higiene pública e de certas atividades como matadouros, chiqueiros, organização dos cemitérios, proibição de despejos e lixos, licença para construir e tantos outros. Os pequenos povoados e vilas, apesar de todo o poder centralizador do governo imperial, assumia por iniciativa própria, funções importantes de governo.

Em 1824, com a proclamação da independência, surge a Constituição Imperial, citando textualmente como competência das Câmaras de Vereadores: “Especialmente o exercício de suas funções municipais, formação de suas posturas policiais, aplicação de suas rendas e todas as suas particulares e úteis atribuições”. As posturas municipais eram um conglomerado de normas que regulavam o comportamento dos munícipes, desde suas relações de vizinhança e cidadania, até relações de cunho trabalhista, referentes a “criados e amas de leite”. Algumas vezes – dependendo do grau eram tão detalhadas que prescreviam castigos aos escravos só no interior das cadeias e não em locais abertos, evitando cenas infamantes aos olhos do povo na rua.

Parabéns aos amigos e colegas Dário Teixeira Cotrim e Júlia Maria Lima Cotrim, assim como às Editoras Cotrim e Millennium, pela iniciativa de marcar um importante período da história de Montes Claros, sempre e sempre a cidade principal do Norte de Minas, ao mesmo tempo centro regional e entroncamento de todos os caminhos, escola síntese de todas as nossas artes e culturas. Claro que além das congratulações, o agradecimento maior de todos os estudiosos da história deste Norte e de toda Minas Gerais.




FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
Prefácios e Comentários
AUTOR:
Wanderlino Arruda
GÊNERO:
Crônica
EDITORA:
Cotrim/Millennium
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2014
ISBN: Não tem

A notícia bibliográfica da literatura montesclarense, nos últimos tempos, tem catalogados centenas de livros e de outras produções literárias. Embora não sendo a mais completa, ela é considerável pela qualidade e pela quantidade de obras que traz a lume. Assim, nessa dinâmica da intelectualidade norte-mineira, destacamos com muita alegria a participação do ilustre escritor, doutor Wanderlino Arruda, que já reúne uma dezena de bons livros, disseminando conhecimento e prazer para todos que gostam de uma boa leitura. Desta vez, o autor nos dá a conhecer uma obra que enaltece com pleno mérito o mundo literário de Montes Claros e da região. Trata-se do influente livro Prefácios e Comentários, onde o seu espírito de mestre emérito
avulta no campo da crítica literária e, também, na consideração artís tica das palavras, para definir as obras mais significativas que fazem parte do universo de escritores e pensadores.

Nota-se que este novo livro do eminente confrade das letras, Wanderlino Arruda, apresenta-nos uma versada coletânea de crônicas e artigos doutrinários em perfeita prosa poética, escritos nosúltimos tempos, revelando todo o apogeu de observação e de sua criatividade intelectual. É um registro, com valimento intensivo, da sequência contínua de ações escritas e dos conceitos profundos no campo da Semântica e da Literatura. Prefaciando obras e escrevendo magistralmente sobre textos e comentários, o nosso mestre da Academia Montesclarense de Letras mais uma vez nos oferece uma excelente oportunidade de viver e de conviver com o burilar das palavras.É, ao mesmo tempo, um mundo de fantasia e de realidades.

O fato de a escrita de Prefácios e Comentários conter, na sua maior parte, análise literária, isso não significa que a sua leitura tornar-se-á técnica ou, até mesmo, científica. Muito pelo contrário, o leitor amigo certamente irá se deliciar muito com as colocações inteligentes do autor sobre as sinopses e os comentários das obras prefaciadas.

O esmero é uma característica dos que cultuam as letras;é uma atitude dos que as elaboram em textos; é uma paixão dos que desejam adquirir conhecimentos. O sédulo escritor Wanderlino Arruda, na sua impaciência do doutrinar, faz com que os seus leitores argutos admirem-no pela linguagem escrita na mesma intensidade que o admiram na linguagem falada, isto é, pela sua oratória. São seus textos e os seus pronunciamentos as sementes lançadas, em formas de palavras bem-querentes, na esperança de sua fertilização, para criar e formar um novo tempo histórico-intelectual.

O trabalho literário do emérito acadêmico Wanderlino Arruda não tem limites. Hoje, os seus livros já ultrapassam fronteiras. Em vários lugares do planeta muitos deles enriquecem bibliotecas públicas e privadas, quer seja na língua pátria, quer seja no espanhol ou no inglês. É correto dizer que as suas obras encantam meio-mundo literário não só como guardiã e cultora da perfeição estética, mas, sobretudo, como pólo difusor da nossa cultura. Não será surpreendente se alguém disser, alhures, que o autor Wanderlino Arruda escreveu neste Prefácios e Comentários uma bela e proveitosa obra.

Verdade verdadeira!



 

FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
Crônicas Históricas de Montes Claros
AUTOR:
Dário Teixeira Cotrim
GÊNERO:
Crônica
EDITORA:
Cotrim/Millennium
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2015
ISBN: 978-85-67049-19-9

Depois de “Montes Claros, sua história, sua gente e seus costumes” publicado por Hermes de Paula em 1957, ano do centenário, já estava passando da hora de termos um livro mais completo sobre a cidade e seu entorno norte-mineiro.É verdade que muitos livros foram escritos, muitas crônicas publicadas, muito esforço despendido sobre fatos e personagens, mas quase tudo fruto de lembranças e
de vivências dos nossos cronistas e historiadores. Para formar arquivos e registros históricos com maiores amplitudes, até agora só o confrade e amigo Dário Teixeira Cotrim não tem poupado esforços e investimentos, pois é dele hoje a maior e melhor biblioteca histórica de toda a nossa região. Por qualquer lugar em que ele passou nos últimos anos, nunca deixou de visitar institutos históricos e geográficos,bibliotecas públicas e arquivos de academias de letras. Até em bibliotecas de órgãos públicos, principalmente de câmaras municipais, ele tem se preocupado pesquisar e fotografar documentos. Excelente disposição!

Estou apresentando esta minha opinião – mais do que pessoal – porque ninguém convive com Dário Cotrim ou participa do seu trabalho tanto quanto eu, já que somos companheiros em vasto universo de instituições, principalmente nos setores de literatura e história. Mesmo assim, apesar de toda a proximidade e acompanhamento, tenho a mais grata surpresa ao ler, com absoluta atenção, o seu trigésimo sétimo livro, que é Crônicas Históricas de Montes Claros e Outras Crônicas Mais. Quanta riqueza de informações, quantos detalhes importantes, quanta beleza de estilo e leveza literária! Uma obra de elevado e reconhecido valor para ser guardada na memória intelectual e na memória do coração. Verdadeira joia para leitores de qualquer preferência, principalmente para os que amam com paixão esta terra tão representativa, que é Montes Claros, a cidade da arte e da cultura.

Formatado pela Editora Cotrim, do próprio autor, e publicado pela Millennium, do meu amigo Pedrinho, as 156 páginas de história constituem um luxo para o nosso patrimônio de amor e de conhecimentos. Deve e precisa ser lido com urgência, com o afã de quem sabe apreciar o bem bom de Montes Claros. Lá estão Hermes de Paula, Konstantin Christoff, Dona Tiburtina, Simeão Ribeiro, João Valle Maurício, Marciano Fogueteiro, Olyntho Silveira, Adail Sarmento, Reginauro Silva, Haroldo Lívio, Ruth Tupinambá, Cyro dos Anjos, Darcy Ribeiro, Luís Carlos Novaes, Padre Dudu, Godofredo Guedes, Raymundo Colares. Lá estão Petrônio, Yara Tupinambá, Yvonne Silveira, Raquel Mendonça, Feli, Clarice, Ivana Rebelo, Zoraide Guerra, e muito mais gente amiga que Deus ainda não levou e que todos gostaríamos ficasse bem longe de levar.

Neste último parágrafo, quero dizer que, entre as muitas informações, Dário Teixeira Cotrim fala da Cidade Alta e da Cidade Baixa, das ruas estreitas, das travessas, do corredor cultural, da velha matriz, da catedral, do velho mercado, dos chafarizes, dos cinemas, dos sobradões, dos tipos populares, da princesinha, filha de D. Pedro I, que morreu em Montes Claros e está enterrada perto do altar da Matriz, ao lado do fundador José Lopes de Carvalho. Da região, ele diz muitas coisas da Barra do Guaicuí, da Coluna Prestes, do Caminho Real, do canhão de guerra, que hoje é do Instituto Histórico, dos sertanistas e bandeirantes, do Frei Clemente de Adorno, de Francisco Sá, de Antônio Gonçalves de Figueira, de Jerônimo Xavier de Souza. Um lindo e importante passeio pelo nosso passado.




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TÍTULO:
Feelings
AUTORIA:
Wanderlino Arruda
GÊNERO:
Poesia
EDITORA:
Unimontes
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2004
ISBN: 85-87786-63-6

Aos leitores familiarizados com os livros de Wanderlino Arruda, desnecessário é lembrá-los do conceito que o autor goza na sociedade montes-clarense, pela qualidade e pela importância de suas obras. Wanderlino é o escritor que tem as letras no sangue e, certamente, sem a literatura ele não conseguiria viver. Por tudo isso, o autor passa agora a escrever em francês, inglês, espanhol e esperanto. Aliás, a beleza de seus textos, de modo que o leitor possa apreciar, em toda a plenitude, é algo que impressiona os que são apaixonados pela arte literária.

O livro de poemas de acadêmico Wanderlino Arruda chamase Feelings. Publicado pela editora Unimontes, com revisão do professor William Lee Barnes, que também elaborou o prefácio da obra com maestria e competência.Feeling é uma palavra em inglês que em português significa sentimento e procura descrever a sensação física de tocar, a sensação sentida de calor, de afago de parceria e cumplicidade. O seu livro Feelings despertou grande celeuma no mundo das artes, fato de engrandecimento literário para a Academia Montesclarense de Letras e para todas as outras academias da qual o autor faz parte.

Confesso que não sei falar fluentemente e nem tampouco escrever corretamente em inglês. Todavia, nunca me atreveria falar daquilo que não conheço, mas posso dizer do livro Feeling porque já tive acesso aos originais, na nossa língua portuguesa, “a última flor do Lácio, inculta e bela”, como assim dizia o poeta Olavo Bilac neste soneto. E, por falar em soneto, vamos reproduzir aqui um exemplar de minha lavra poética sobre o mestre Wanderlino Arruda. Vejamos:

SONETO PARA WANDERLNO ARRUDA

Mestre! A cidade te recebe em festas,
Assim como recebe um filho ilustre!
Vem num doce luminar que se alustre
As madrugadas das belas serestas!

Da peça oratória, por entre as frestas,
Acomoda-se a voz tua em balaústre.
Mas, de repente, a luz de um grande lustre,
Brilha os montes claros de tuas florestas.

Mestre! O fulgor da tua fala acadêmica
É de amor, de um petrimetre encantado,
Pelos nobres caminhos da fonêmica!

E, oxalá que os debates do passado,
Tornam-se, agora, uma grata polêmica,
Na verde paz que reina o bom letrado!



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TÍTULO:
Memórias do Município de Virgem da Lapa
AUTOR:
Dário Teixeira Cotrim
GÊNERO:
História
EDITORA:
Cotrim/Millenuinn
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2015
ISBN: não tem

E o artista não será, propriamente, um criador, e sim um parteiro da beleza que se acha latente nas coisas. Como o pintor, extrai da paisagem o sentido que nela se ocultava e no-la dá, em relevo. Ciro dos
Anjos

Não faz muito tempo, voei - como poeta e historiador - em nuvem de romantismo para pensar e repensar um prefácio sobre Itacambira, cidade antiga e moderna tomada de paixão pelo meu estimado amigo Dr. Dário Teixeira Cotrim. Tenho certeza de que cada palavra minha foi medida e pesada, posta em tela e moldura, como contributo a um dos livros mais caprichados entre os trinta e seis que ele escreveu e publicou. Como amigo e irmão, companheiro e confrade, minha decisão não foi a de fazer acréscimos, mas de contribuir para fixar o desenho da admiração por uma cidade tão amada e admirada desde os dias de Fernão Dias Pais, seu desenhista de sonhos e real fundador. Afinal, trabalhar com Cotrim tem sido para mim um esforço normal de produzir e registrar culturas, seja no mundo das ideias, seja no mundo de construção da História.

Entendo o Dr. Dário Cotrim como produtor de artes. E como bem disse Valéry, arte é o aproveitamento de coisas que transbordam e de acontecimentos que ultrapassam o viver e o fazer comuns. Arteé tão importante que não se trata de dispêndio gratuito de energia, e sim de utilização de impressões e percepções que se encontram na memória humana em estado de disponibilidade. Arte é o realizar com capricho e maestria, além do normal, algo assim como um desenho que venha fixar ou ajustar destinos e vocações, mescla de beleza e aventura. Sei que – por conceito de Kant, Spencer e do poeta Schiller - existem sempre traços marcantes entre a arte e o jogo, ocupações que encontram em si mesmas a sua própria finalidade. Assim, a poesia e a história acabam se mesclando em arte, transformando-se em encantos e seduções, caso claríssimo deste livro do historiador e poeta Dário Cotrim, enamorado por Virgem da Lapa, cidade em que a cultura se mostra mais do que significativa, presenças históricas do homo sapiens, homo faber, homo ludens, poiêsis como função lúdica e de valores.

Uma leitura atenta deste livro de Dário Teixeira Cotrim, que faço quase com contrição e fé, leva-me a usufruir de toda memória, toda atuação e trabalho de pessoas mais do que conscientes do melhor da cidadania. Em todo o tempo um erigir e um reformar, clara invenção e criatividade que permitiram o maior êxito de uma verdadeira civilização. Construída inicialmente pelos sonhos de bandeirantes de São Paulo e do Nordeste – busca de pedras preciosas e criação de gado – Virgem da Lapa sempre se viu como exemplo de responsabilidade, imagem e reflexo do gosto pela vida em família e pela cultura, produção de bens e comércio com várias regiões. Muitas as viagens dos tropeiros em distâncias e lonjuras, envolvente a receptividade aos caixeiros e viajantes com notícias e mercadorias, tudo um luxo para olhos e corações.

Memórias do município de Virgem da Lapa tem no seu bojo a origem do próprio nome, os símbolos, o brasão de armas e a bandeira do município e da cidade. Tem as presenças dos índios botocudos, a chegada e atuação do bandeirante Antônio Pereira dos Santos, tem os garimpos, as igrejas de Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora da Lapa, de São Domingos, a Praça da Matriz, o sobrado de Luiz Carlos Prates, tem muitas outras construções antigas. Como ilustração, a moderna jardineira, as primeiras indústrias, os tipos populares, as gentes ilustres, entre elas o padre Carlos Pereira de Moura, José Pereira Freire, o coronel Antônio Paulino Prates e Isabel de Oliveira Ramos. Importante o registro da cultura com nomes e textos dos autores Luiz Carlos Prates, Maria Natividade Pacheco, Luiz Gonzaga de Carvalho, Carmelina Murta Glória, José Martins do Amaral, Nivaldo Prates e José Osvaldo da Costa. Em alta consideração as festas de agosto, a cantoria popular, a festa da cultura evangélica, o carnaval. A administração pública está bem representada pelas presenças dos prefeitos e pela formação das legislaturas da Câmara Municipal.

Este livro – bem informa o historiador Dário Cotrim – é parte de um projeto antigo em virtude das suas andanças pelo Vale do Jequitinhonha, destaque para Minas Novas, Juramento, Grão Mogol, Araçuaí, Itaobim e Jequitinhonha. Há muito que ele vem admirando a beleza e o encanto do rio, sempre desejoso de escrever um pouco da sua história. As Memórias do município de Virgem daLapa tocaram-no desde a sua primeira visita, e principalmente agora ao documentá-las em livro, a bem da verdade depois de ouvir apaixonados relatos de José Osvaldo da Costa - Seu Nininho - e da sua esposa D. Adair Pinheiro da Costa, que se tornaram amigos desde a primeira hora. Encantado por todos que realmente construíram a cidade, o Dr. Cotrim viu no mais autêntico significado a urbs e a pólis. Depois disso, ele escreveu como se tivesse vivido ao lado do seleiro Josino Ferreira, de Carlos Tomé, fazedor de cangalhas, assim como de Nico, Zezinho, Lalado, Agostinho, Miguel, Manoel Boquinha, além de tantos outros artesãos de quase todo tipo de coisas, principalmente da curtição de couro, de que eram feitos gibões e chapéus, calças e chinelos, perneiras e jaquetas, chicotes e alforges, além das bruacas para tropeiros.

Como Cotrim e eu somos eternamente seduzidos por tudo que é Serra Geral - tenha ela o nome que tiver – das terras de São Paulo até depois da Chapada Diamantina, na Bahia, nada nos passa despercebido, nenhuma beleza fica oculta, nenhum acontecimento da Natureza ou das gentes pode ser esquecido. Por isso, a mais elevada consideração pelas lavras de Ouro Preto, de Diamantina, de Grão Mogol, de Itacambira e de Vacarias, já pertinho de Salinas,última tentativa dos mineradores de evitar a perseguição dos fiscais e das polícias portuguesas. Por isso, Virgem da Lapa foi tema do maior interesse, mercê da sua invejada localização no Médio Jequitinhonha,
limites além da citada Grão Mogol, com Rubelita, Berilo, Josenópolis, Francisco Badaró, Araçuaí e Coronel Murta.

Rica em lendas como muitas das nossas cidades mineiras, Virgem da Lapa se destaca pela visão, em 1728, de uma santa no interior de uma grota, com sinais de que ali se encontrava há muito tempo. Daí, a assegurada religiosidade em todas as épocas, com certeza o que mais garante a um povo a sua verdadeira identidade. O ano em Virgem da Lapa se divide de princípio ao fim em festas religiosas, manifestações de folclore, afirmação de cultura. Opulenta em escritos de prosa e poesia, rica em registros de acontecimentos, a cidade e o seu povo formam um conjunto que para Cotrim é um aluvião de ouro e esmeraldas em grandes bateias, peneiradas no brilho ensolarado das areias do rio e dos córregos. No meio do cascalho, em cada labuta, em cada bamburro, o bafejo da sorte, eterna e laboriosa busca de riqueza, tudo como se a vida fosse cravejada de brilhantes, pepitas com cores de preciosas gemas. O próprio Saint Hilaire que, no Século XVIII, esteve em Montes Claros e Virgem da Lapa, nos deu notícias de pomposas festas e das concorridas procissões.

Parabéns às autoridades e ao povo dessa bonita cidade por despertar a curiosidade e interesse do historiador Dário Teixeira Cotrim, meu ilustre companheiro nos Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros, da Academia Montesclarense de Letras e Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas. Parabéns aos que vão ler Memórias do município de Virgem da Lapa, lá ou em qualquer outra parte do mundo, porque Cotrim – poeta, romancista, cronista, teatrólogo e historiador – sabe fazer o melhor, suas palavras sendo veículos de transformações sociais, morais e espirituais, escritas sempre com a responsabilidade que o futuro merece. Espero estar ao lado deste meu amigo nos momentos mais solenes do lançamento deste livro.

Concluo, citando novamente o montes-clarense Ciro dos Anjos, da Academia Brasileira de Letras, mestre em literatura: “Para que a criação se produza é preciso, que uma necessidade se desperte e suscite uma combinação de imagens, e que tudo se objetive e se realize sob forma apropriada”. A convocação do Dr. Cotrim para este trabalho chegou com marca indelével no tempo e no espaço. O sonho se transforma em majestosa realidade!



 

FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
Short Stories
AUTOR:
Wanderlino Arruda
GÊNERO:
Crônica
EDITORA:
Unimontes
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2005
ISBN: Não tem

Aos estudantes da nossa terra, restam apenas comentar as relações possíveis entre a prosa do confrade Wanderlino Arruda com as insinuações dos autores americanos nas traduções feitas para o leitor brasileiro. No livro “Short Stories”, Arruda nos dá uma demonstração de conhecimento da nossa história e,
ao mesmo tempo, da língua estrangeira. Enquanto Scott Turow - que escreveu “O Inocente” e “Acima de
Qualquer Suspeita” – não acrescentou praticamente nenhuma novidade sobre as tradições e os costumes
do povo americano. Talvez não devesse ser o ponto crítico de suas obras, mas a nossa literatura tem essa magia do entretenimento com informações históricas no melhor sentido. Acreditamos que somente o livro científico é que cumpre essa tarefa de bem informar.

Em “Short Stories”, numa tradução perfeita e fiel de William Lee Barnes, o escritor montes-clarense, Wanderlino Arruda, conquistou uma parcela considerável de leitores americanos, até porque ele esteve por várias vezes nos Estados Unidos da América, onde residem dois de seus filhos. Arruda é um homem do mundo. Pesquisador, historiador, cronista, contista e acima de tudo poeta. E por falar em poesia, o montes-clarense de São João do Paraíso, Wanderlino Arruda, teve a sua poesia “J’adore ta beauté” como tema central do filme “L’arnacouer” uma produção do cineasta francês Roamin Duris.

Isso posto, convidamos o leitor a percorrer as páginas do seu livro, uma ou mais vezes, para assim poder deliciar de suas histórias sobre a nossa terra brasileira na língua dos yankees. O livro de Wanderlino Arruda é de intensidade e densidade, haja vista que a sua escrita tem o fascínio de João Valle Maurício e o realismo de Cyro dos Anjos. É uma pena que o livro “Short Stories” não possa ser degustado pelo leitor comum, aqueles, sem uma formação superior na língua estrangeira. Mas, presentemente, as suas obras já foram publicadas na língua pátria para sorte de nós todos.cou ainda os livros “Feelings”, de poe

Nessa altura, afigura-se-nos que a hipótese não é de todo improcedente, pois a cidade de Montes Claros conta hoje com uma Universidade Estadual (Unimontes) e várias Faculdades com cursos no campo da doutrina linguística. Espinosa, na sua apresentação da obra, disse-nos que “Wanderlino quebranta lãs fronteras de lo mero autobiográfico e incursiona de tal modo em la vida ajena que la hace palpitar como algo mestro, algo bien íntimo, que nos arranca una lágrima hacia adentro. También nos contagia com la alegria y el recuerdo del circo”.

Aliás, não é este o primeiro livro de Wanderlino Arruda em língua estrangeira. Ele publicou ainda os livros “Feelings”, de poemas e, com tradução de Rigoberto Guillermo Espinosa Pichs, o livro “Emociones: Crônicas y poemas”. Portanto, é essa a contribuição que o nosso confrade da Academia Montesclarense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros vem dando à cultura norte-mineira, divulgando-a e valorizando-a fora dos limites de nossa terra. Parabéns, Wanderlino Arruda, pelo brilhante trabalho literário que você vem produzindo a cada instante. Montes Claros lhe agradece.



FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
Cordel Animado
AUTOR:
Dário Teixeira Cotrim
GÊNERO:
Literatura de Cordel
EDITORA:
Cotrim/Millennium
CIDADE:
Montes Claros – Minas Gerais
DATA: 2013
ISBN: Não tem

Com pouco tempo de hidroginástica, mais que depressa, Dário Teixeira Cotrim adquiriu respeito, conseguiu amizades, atraiu uma admiração sem igual, tanto do lado bom como da área menos nobre. Melhor dizendo, tornou-se sujeito e objeto do falatório, personagem importantíssima das nossas manhãs das terças, quintas e sextasfeiras. Bom para ele, melhor para todos nós, que temos como líderes
reconhecidos e apontados os atletas Adalberto Magalhães e o professor Valter Martuscelli. Agora, com este CORDEL ANIMADO, o baiano Cotrim, que já era famoso como escritor, passa quase que à categoria de um deus do Parnaso.

Muito o seu merecimento!





Dário Teixeira Cotrim nasceu na cidade de Guanambi – Bahia e radicou-se em Montes Claros há mais de quatro décadas. Filho de Ezequias Manoel Cotrim e de dona Ida Teixeira Cotrim. Funcionário aposentado do Banco do Brasil, advogado, historiador, teatrólogo, cronista, genealogista, biógrafo, jornalista, articulista político e artista plástico. Professor de Literatura Portuguesa e História. Sócio Emérito do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (Belo Horizonte/MG), sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, sócio correspondente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (Salvador/BA); sócio fundador da Academia Guanambiense de Letras e sócio corres pondente da Academia de Letras de Caetité/BA, Ribeirão das Neves/ MG e Várzea da Palma/MG. Sócio efetivo da Academia Montesclarense de Letras. Recebeu a Medalha Israel Pinheiro, do IHGMG e classificou-se em 1º lugar no “Concurso Internacional de Sonetos”, pela Academia Divinopolitana de Letras, em 2005. Escreve diariamente em jornais e revistas. Foi Secretário de Cultura e Turismo da cidade de Rio Pardo de Minas/MG e ex-diretor da Biblioteca Pública “Antônio Teixeira de Carvalho”, de Montes Claros/MG. Ele vem agora dedicando às pesquisas históricas de todo o Norte de Minas. Publicou pela Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes o livro História Primitiva de Montes Claros. Nesta mesma linha publicou o livro História Primitiva de Guanambi, pela Editora Millennium/Cotrim além de mais de três dezenas de livros com gêneros literários diversificados. Em Guanambi recebeu da Câmara Municipal a Medalha Flávio David e participou de vernissages de artes plásticas pela Secretaria Municipal de Cultura. Cidadão Honorário da Cidade de Bocaiúva/MG. Casado com a escritora Júlia Maria Lima Cotrim.



Mineiro de São João do Paraíso, nascido em 3 de setembro de 1934, tem cursos de Contabilidade, Letras e Direito, pós-graduação em Linguística, Semântica e Literatura Brasileira, especialização em Comunicação Social e Metodologia de Ensino Superior.

Educador na Universidade Corporativa Banco do Brasil, professor aposentado da UNIMONTES, fundador e primeiro presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, Diretor Cultural do Automóvel Clube de Montes Claros, Vice-presidente da Câmara de Comércio Luso-brasileira em Minas Gerais, e Consultor da Fundação Rotária Brasileira. Membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (Belo Horizonte), da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil (Rio de Janeiro), da Academia de Letras, Ciências e Artes do São Francisco e da Comissão Interpaíses Brasil, Portugal e Países de Língua Oficial Portuguesa (São Paulo) e do Conselho Editorial da Unimontes. Sócio Emérito do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.

Palestrante em encontros literários, religiosos e maçônicos e em conferências regionais, seminários, fóruns e institutos nacionais dos Rotary. Jornalista, pintor, cronista e poeta, publicou Tempos de Montes Claros, Jornal de Domingo, O dia em que Chiquinho sumiu, Feeling-Poems, Emoções, Short Stories, Emociones, Construtores de Montes Claros, Prefácios e Comentários, Elogio das Letras (em parceria com o escritor Dário Teixeira Cotrim) e os e-books Poemas de Puro Amor e Poemas e Crônicas. Prêmio nacional de pintura, participa de várias antologias literárias, regionais e nacionais. Tem vários blogs e é webmaster de vários sites regionais e nacionais.

Em Montes Claros, foi presidente do Sindicato dos Bancários, do Esperanto-Klubo, da Fraternidade Espírita Canacy, da Academia Montesclarense de Letras, da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas e da Câmara Municipal. Foi Delegado do Grau 33 da Maçonaria, Secretário de Cultura e diretor do Patrimônio Histórico. Sócio-fundador do Rotary Clube de Montes Claros-Norte,é sócio-honorário de R.Clubes de Belo Horizonte e de vários outros do Norte de Minas. Governador e Diretor do Elos Internacional, Governador 94/95 do Distrito 4760 do Rotary International, tem diversos destaques: Academia Rotária; Companheiro Paul Harris, Benfeitor da Fundação Rotária, Mérito Distrital, Mérito da Fundação Rotária, Reconhecimento Presidencial, Troféu Internacional Paulo Viriato. No Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, recebeu as medalhas João Pinheiro e Israel Pinheiro.

Formador de governadores Brasil-Portugal (2000), em Anaheim, USA, coordenador da Força Tarefa de Serviços à Comunidade Mundial do RI (2001), Protocolo-assistente na Convenção Internacional do RI na Argentina (2000), Training Leader nos Institutos Rotários do Brasil, de Recife, São Paulo, Foz do Iguaçu, Aracaju e Florianópolis, Coordenador 2004-05 da Fundação Rotária (Brasil), Representante do Rotary International nas Conferências de Blumenau, Salvador, Goiânia, Feira de Santana, Salto (Uruguai), Concórdia e Salta (Argentina). Fundador de vinte e quatro Rotary Clubes.

Participações: Convenções Internacionais dos Elos da Comunidade Lusíada, Lisboa, Teresópolis e Belo Horizonte; Congressos Internacionais de Esperanto e Espiritismo, Brasília; Assembleias do Rotary International 1994 e 2000 (Team Leader), Los Angeles; Convenção Pan-Americana, Rio de Janeiro; Congresso Internacional do Rotary/Nações Unidas e Convenção Internacional do Rotary, Buenos Aires; Festival del Proyecto Cultural Sur de Escritores y Artistas, Havana; Conferência Latino-Americana do Crescimento Populacional e do Desenvolvimento (Coord. de Equipes), Brasília; Congresso Internacional de Empresários Brasil-Portugal, Belo Horizonte; Conselho Internacional de Legislação 2001 e Institutos Internacionais da Fundação Rotária 2004 e 2005, Chicago.

Casado com a artista plástica Olímpia Rego Arruda, o casal tem sete filhos e doze netos.



Impresso na oficina da
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